Tomar decisões significa discernir, analisar, pesar e escolher, baseado em critérios adequados e relevantes. Requer maturidade humana. Trata-se da capacidade de enxergar “the big picture” e não somente da posse de um conhecimento específico.
Tomar decisões não se refere apenas a ter um tipo de pensamento estratégico e nem somente possuir alguns dos vários tipos de inteligência descritos por Howard Gartner, Professor adjunto de Psicologia em Harvard.
Tampouco é suficiente possuir uma grande base de dados sem ter um bom tomador de decisões com capacidade e experiência para analisá-la. Sempre é bom lembrar que os dados são o produto e não a explicação ou causa do porquê tomamos uma decisão ou fazemos algo.
Para formar um bom tomador de decisões exige-se um longo processo de aprendizado, reforçado a partir de erros e acertos.
Formamos bons tomadores de decisão ensinando-lhes a refletir sobre o seu processo de tomada de decisão. Não somente se sua decisão foi melhor ou pior, mas também se foi certa ou errada, boa ou má. Algo que ultrapassa o adequado ou inadequado.
Ensinar o tomador de decisão a valorar sua decisão do ponto de vista moral é a chave deste processo de formação, ou seja, a cada vez que acudimos à nossa consciência, temos uma nova oportunidade de refletir sobre nossas decisões.
A sabedoria vai além da astúcia ou perspicácia e repousa no campo da ética e da moral.
A essência de uma boa tomada de decisão resume-se na sabedoria, que é mestra de todas as virtudes. Não há justiça sem sabedoria, nem coragem e tampouco moderação, todas elas estruturantes do agir humano.
Um bom tomador de decisão amadurece com o tempo. Pratica a liderança adaptativa sendo capaz de entender as infinitas situações únicas, irrepetíveis e impossíveis de “manualizar” – justamente o contrário de todos os códigos de programação e da busca de padrões para tomadas de decisões.
A virtude não padroniza, mas sim libera a mente para as infinitas possibilidades não programadas. Abre as portas da criatividade e pode ser ensinada e pode ser aprendida. A virtude nos capacita a fazer o que é certo, do jeito certo, porque é o certo.
O tomador de decisão necessita frequentar a escola da virtude.
[…] executivo ético deve frequentar a escola da virtude, buscar compreender seus valores, motivadores e limites, e agir em consonância com princípios de […]