Devido a fatores como o aumento da concorrência e as mudanças de comportamentos dos clientes, diversas empresas buscam nos “métodos ágeis” uma forma de se adaptar ao novo contexto do mercado. O desafio é complexo e envolve tanto benefícios quanto riscos. As empresas que sentem a necessidade de adaptar sua estrutura para se tornarem mais competitivas precisam avaliar muito bem como essa metodologia se encaixa às suas necessidades específicas e elaborar estratégias consistentes para implementá-la.
Foi com esse fim que nossos antigos alunos estudaram, analisaram e discutiram como o banco holandês ING buscou aperfeiçoar sua estrutura rígida de forma a se manter competitivo. Este foi o caso que escolhemos para a primeira sessão do Programa de Atualização e Tendências de 2022, desenvolvido, exclusivamente, para os antigos alunos de diferentes programas no ISE Business School.
A discussão do caso girou em torno das alternativas de implementação dessa nova forma de trabalho em uma grande organização. É tentador pensar que uma prática que representa progresso deva ser implementada de ponta a ponta. Na prática, a agilidade gera mais utilidade para umas áreas que outras e a prudência deve direcionar a forma de adaptar cada setor com relação a essa nova forma de trabalhar.
Impossível não ficarmos animados com as vantagens trazidas por esta metodologia de trabalho: desburocratização, adaptabilidade, autonomia, transparência na comunicação e conexão com resultados. Desta forma, a agilidade oferece às empresas maior eficiência e flexibilidade em seus processos. Ao mesmo tempo, menos comentados, os efeitos indesejados quando a agilidade entra em choque com as antigas formas de trabalho: ciclos muito mais curtos para a entrega de resultados, sobrecarga de informação, fadiga, folga social dentro do time, insegurança e burnout.
Este é, sem dúvida, um desafio corporativo latente, e ainda estamos buscando respostas para o equilíbrio entre a agilidade e alguma estabilidade.
