Você já pensou que muitos vieses podem ter uma origem que nada tem a ver com nossos ditos “preconceitos”? Por exemplo, a vaidade e a soberba podem ser os gatilhos de muitos “vieses inconscientes”. Ou algo ainda mais banal: o medo ao que dirão. Simples assim!
Muitas análises sobre o tema dos vieses aludem a aspectos psicológicos, ficando na superfície de questões de natureza antropológica. Quem nunca se sentiu intimidado ao pensar em manifestar uma opinião contrária à da maioria vigente?
Os sistemáticos cancelamentos de opiniões divergentes, reduzem a capacidade de tomar boas decisões pelo medo a ser rotulado.
Têm sido muito frequentes relatos de executivos que não tomam as decisões que deveriam tomar com receio a serem etiquetados pelos diversos selos ou estereótipos da moda.
Vivemos tempos em que a liberdade de pensamento parece se encontrar refém do politicamente correto. Hoje, mais do que nunca, o indivíduo se mostra mais dependente do aplauso ou da crítica para posicionar-se sobre qualquer coisa. Parece ser que a própria imagem é o bem mais precioso.
A falta de fundamentação em valores gera pessoas inseguras e, como consequência, ansiosas pela aprovação alheia e sujeitas a muitos mais vieses inconscientes. Esta sim que é uma dependência psicológica difícil de combater, e que acaba gerando uma sociedade de inválidos morais.
Que tal voltarmos a estudar o ser humano real ao invés de nos atermos aos modelos oferecidos por algumas “filosofias” em voga?
A verdade é simples e não é necessário empregar sistemas de pensamento para explicá-la. A vida prática não precisa de teorias, os que as inventam são os que a ignoram.